Programa Mães Mais Que Especiais promove formação para gestores escolares da rede – Secretaria de Estado de Educação






Evento é parte de ação que oferece apoio a mulheres que cuidam de crianças com deficiência ou neurodivergência



Por Bruno Grossi, Ascom/SEEDF


 


O projeto Mães Mais Que Especiais, de Samambaia, em parceria com a Secretaria da Mulher, realizou evento voltado especialmente aos gestores e orientadores educacionais da rede pública | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.


 


A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) participou, na manhã desta quarta-feira (9), em Samambaia, da programação do projeto Mães Mais Que Especiais. Em parceria com a Secretaria da Mulher, foi realizado um evento voltado especialmente aos gestores escolares e orientadores educacionais da rede pública, com o objetivo de fortalecer o acolhimento às mães de alunos atípicos. A formação ocorreu em uma tenda montada ao lado da Coordenação Regional de Ensino de Samambaia, cidade que conta com 43 escolas e 29 creches.


 


Durante o encontro, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, ressaltou a importância de cuidar das mães atípicas como prioridade nas políticas públicas. Ela lembrou que um dos focos de sua gestão foi reforçar o atendimento educacional especializado nas escolas da rede pública. “Nos períodos em que fiquei como governadora, nomeamos mais de três mil monitores para a rede pública de ensino. Sei que ainda não é o suficiente, mas foi um reforço necessário, um passo importante no caminho da inclusão e do cuidado com quem mais precisa”, afirmou.


 



Celina também destacou o papel transformador das mulheres na política e convocou as profissionais da educação a participar ativamente do processo de acolhimento e capacitação das mães atípicas. “Quero contar com cada uma de vocês para nos ajudar a cuidar dessas mães, que só conseguem participar das formações quando elas são oferecidas perto de casa, porque não têm com quem deixar seus filhos. Por isso, levamos toda essa estrutura para as cidades, com cursos que possibilitam a geração de renda dentro da própria residência”, explicou.


 


A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, comemorou o alcance do programa em Samambaia, que já conta com mais de 450 inscrições, e a expectativa de ultrapassar 1.500 atendimentos ao longo da semana. Ela destacou a importância de fortalecer as redes de apoio às mães atípicas dentro do ambiente escolar e valorizou o papel dos profissionais da educação infantil. “Precisamos ter um olhar sensível para quem cuida da criança com necessidades especiais”, afirmou. A gestora também agradeceu o trabalho das creches parceiras no acolhimento às mulheres que mais precisam da atuação da escola.


 


A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, ressaltou a importância de cuidar das mães atípicas como prioridade nas políticas públicas | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.


Comitês de Proteção à Mulher

 


A secretária da Mulher do Distrito Federal, Giselle Ferreira, explicou a contribuição de iniciativas como o programa Mães Mais Que Especiais para ampliar a compreensão sobre as múltiplas formas de violência enfrentadas por mulheres que tomam conta de filhos com deficiência. “Eu sei muito bem que o caminho de um mundo sem violência, um mundo melhor para as nossas meninas e mulheres, passa pela educação”, afirmou.


 


Ao reforçar a presença da Secretaria da Mulher nos espaços escolares, a gestora destacou que o acolhimento e a informação podem transformar professores e gestores em multiplicadores da paz e da prevenção. Segundo ela, é essencial reconhecer que negligenciar a atenção com quem cuida também configura violência — e que o apoio institucional precisa alcançar essas mulheres de forma concreta e sensível.


 


Após a abertura do evento com as falas das autoridades, ocorreram também palestras com temas como o papel dos gestores escolares no enfrentamento à violência doméstica, e também apresentando os Comitês de Proteção à Mulher, instâncias que atuam na prevenção e no apoio a vítimas dentro da comunidade escolar. A subsecretária de Proteção à Mulher, Luana Maia, explicou a relevância de abordar com seriedade e sensibilidade o tema da violência doméstica.


 


É difícil, mas é necessário pesquisar, porque sem dados, a gente não consegue fazer uma política pública boa. O comitê vem para isso – acolher, direcionar e dar informações para cada mulher saber o que precisa fazer para sair do ciclo que ela entrou e não sabe como sair”, afirmou Luana. Segundo a gestora, a proposta é garantir acolhimento contínuo e acompanhamento individualizado, com foco na escuta qualificada e no resgate da autonomia de cada mulher atendida.


Programação para as Mães Mais Que Especiais

 


A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, comemorou o alcance do programa em Samambaia, que já conta com mais de 450 inscrições, e a expectativa de ultrapassar 1.500 atendimentos | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.


 


A iniciativa faz parte de uma agenda maior, promovida pela Secretaria da Mulher e o Instituto Cultural Social do Distrito Federal. Entre os dias 7 e 12 de abril, diversas ações estão sendo realizadas em Samambaia, incluindo atendimentos de saúde, oficinas de capacitação, atividades culturais, orientação jurídica e rodas de conversa, tudo com foco nas mães e cuidadoras de crianças neuroatípicas ou com deficiência.


 


O projeto Mães Mais Que Especiais é pioneiro no Brasil e foi concebido para oferecer suporte a essas mulheres que, além dos cuidados com os filhos, enfrentam uma rotina intensa de trabalho e compromissos domésticos. Ao percorrer diferentes regiões do DF, a ação busca não só ampliar o acesso a políticas públicas, mas também criar redes de apoio e proteção, inclusive no enfrentamento à violência doméstica.


 


Com foco em saúde integral, autonomia econômica e desenvolvimento social, o projeto já passou por Ceilândia, Planaltina e Santa Maria. Após Samambaia, será a vez de São Sebastião e Sol Nascente/Pôr do Sol receberem a estrutura itinerante. Entre os serviços oferecidos, as participantes podem contar com atendimentos ginecológicos e exames preventivos gratuitos.


 


A programação completa está disponível aqui


 


 








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