Por: Jornalista Kelven Andrade
Na noite deste domingo (1º/12), um homem de 19 anos, identificado como Marcos Oliveira, em aparente surto psicótico, invadiu uma residência na Quadra 325, Conjunto 4, de Samambaia, e matou o morador, Divino Ricardo Silva, de 71 anos. A tragédia mobilizou diversas equipes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Ataque brutal e fuga para o telhado
Segundo informações da PMDF, Marcos, que não conhecia a vítima, invadiu o local com a intenção de furtar um caminhão pertencente ao casal de moradores. Um rastreador instalado no veículo alertou o genro de Divino, que avisou o idoso sobre a movimentação suspeita. Ao chegar no depósito onde eram guardados o caminhão e materiais para a fabricação de temperos, Divino tentou confrontar o invasor, mas foi rendido e brutalmente agredido até a morte.
Carmelita, esposa de Divino, chegou ao local pouco depois e também foi atacada. Apesar das agressões, ela conseguiu salvar sua vida ao fingir estar morta. A mulher foi encaminhada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde recebeu atendimento médico. Felizmente, ela não corre risco de vida.
Após o crime, Marcos subiu no telhado da residência, onde permaneceu por cerca de duas horas. Durante esse tempo, ele se mostrou desorientado, cantando músicas e proferindo frases desconexas, o que levantou suspeitas de que poderia estar sob efeito de substâncias psicoativas.
Intervenção do Bope e prisão
A ação para conter o jovem exigiu a intervenção de especialistas do Bope. Nesta segunda-feira (2/12), a negociação foi concluída, e Marcos foi detido. Para garantir a segurança dos envolvidos, os policiais utilizaram uma arma de choque para contê-lo. Ele foi levado à 26ª Delegacia de Polícia, onde será submetido aos procedimentos legais.
Investigação e comoção na comunidade
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga as circunstâncias do crime, incluindo o histórico do agressor e possíveis fatores que desencadearam o surto psicótico. Marcos possui antecedentes de comportamento agitado e outros episódios de surtos.
Divino Ricardo Silva era um comerciante conhecido na comunidade por sua dedicação ao trabalho e sua generosidade. A tragédia deixou os moradores da região em choque, que se mobilizam para prestar apoio à família da vítima.
Carmelita continua recebendo assistência médica e psicológica após o ataque. O caso reacende o debate sobre a necessidade de suporte para pessoas em sofrimento mental e ações preventivas para evitar episódios de violência extrema.
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