Por: Jornalista Kelven Andrade
De porta em porta, os Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) percorrem residências no DF com o objetivo de orientar e proteger a população contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Esta semana, o trabalho preventivo chegou ao Residencial das Acácias, no Sol Nascente, onde moradores foram surpreendidos com focos do mosquito em situações aparentemente controladas.
Durante a ação, a equipe visitou a casa de Gerulina Santana Ferreira, de 74 anos, que ficou surpresa ao descobrir larvas em um pratinho de plantas. “Minha casa é sempre limpa, mas machuquei o braço e fiquei alguns dias sem vistoriar o jardim. Sempre recebo os agentes porque, se descuidamos um pouco, o mosquito aparece. Ainda bem que viram a situação e ajudaram a combater”, contou. Os agentes instalaram uma disseminadora de larvicidas (EDL), uma armadilha para o mosquito, o que deixou a moradora satisfeita. “Achei muito legal essa estratégia, inteligente e prática”, elogiou.
Outra moradora visitada foi a psicóloga Lidiane Maria de Sousa, de 43 anos. Apesar de adotar cuidados com plantas e lixo, Lidiane não havia verificado a caixa d’água há mais de uma semana, onde foram encontradas larvas já eclodidas. “Com a correria do dia a dia, não percebi. Se não fosse pelos agentes, esse foco teria passado despercebido”, reconheceu, destacando a importância da atuação da equipe da SES-DF.
As visitas fazem parte de uma estratégia mais ampla que inclui tecnologias específicas para combater o Aedes aegypti. Os agentes coletam materiais em campo e realizam testes laboratoriais para identificar se as larvas encontradas pertencem ao mosquito transmissor. Com esses dados, é feito um mapeamento dos focos, permitindo que ações direcionadas, como aplicação de inseticidas, sejam realizadas nos locais de maior risco.
Moradores que já enfrentaram a dengue também têm se mostrado receptivos à presença dos agentes. A manicure Zilma dos Santos, de 43 anos, relatou a experiência de ter ficado internada por nove dias após contrair a doença no início do ano. “Não tenho mais plantas e mantenho o quintal sempre limpo. Fico com medo de pegar de novo, foi uma experiência muito ruim. Receber os agentes é essencial para evitar outro surto”, afirmou.
A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, destacou que o governo tem intensificado os esforços no combate à dengue, atuando de forma preventiva antes do aumento dos casos. “Um dos pilares da estratégia é a atuação dos Avas, que desempenham um papel essencial nas visitas domiciliares. É nesse contato direto com a população que fortalecemos a prevenção, garantindo que as comunidades estejam protegidas e preparadas”, pontuou.
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