Provão Paulista: governo vai “perdoar” alunos prejudicados por greve

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São Paulo – O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) acatou recomendação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e decidiu “perdoar” estudantes de fora de São Paulo que foram prejudicados pela greve unificada e não vão conseguir fazer o segundo dia do Provão Paulista Seriado, o vestibular exclusivo para estudantes de escolas públicas.

O “perdão” no Provão Paulista Seriado vale para alunos da 1ª e 2ª série do ensino médio que estudam em institutos federais de São Paulo ou são da rede pública de outros estados. São esses grupos que tiveram que viajar para fazer o vestibular, mas acabaram prejudicados pela paralisação de funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp.

Inicialmente, as provas estavam previstas para ocorrer nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, mas foram adiadas pela Secretaria Estadual da Educação para 1º e 4 de dezembro por causa da paralisação.

“Aqueles estudantes que não têm condições de permanecer na capital de São Paulo no fim de semana e participar dos dois dias de avaliação poderão participar das provas nos anos seguintes, com manutenção do direito de disputar uma vaga nas universidades participantes do Provão Paulista Seriado”, diz a pasta, em nota.

Provão Paulista

Segundo o governo, a condição é que o aluno faça a prova do dia 1º de dezembro – uma vez que o dia, em si, foi mantido. Além disso, o estudante deve enviar e-mail com documentos que comprovem sua impossibilidade de participar, até o dia 8 de dezembro, para o endereço requerimentoprovaopaulista@educacao.sp.gov.br. Os pedidos serão analisados pela pasta.

A medida acata uma solicitação feita pela promotora Fernanda Peixoto Cassiano, do Grupo de Atuação Especial da Educação (Geduc), do MPSP. A recomendação foi expedida nesta tarde.

Para a promotora, esses grupos deveriam ter o direito de participar do Provão Paulista em 2024 e 2025, mesmo se não comparecessem ao segundo dia de vestibular. Nesse caso, a nota da prova do dia 4 de dezembro deveria ser desconsiderada do cálculo da classificação final.

A Secretaria da Educação afirma que vai formar uma comissão para definir as regras de pontuação desses estudantes para os próximos anos.

“Para efeito de classificação, proporção e distribuição de vagas nas instituições de ensino superior (USP, Unicamp, Unesp, Fatecs e Univesp), os estudantes matriculados na rede pública federal serão alocados no grupo B, junto com candidatos das instituições ou redes públicas municipais, estaduais e distrital”, diz a pasta.

Pelas regras do Provão Paulista, o grupo A é formado por alunos da rede pública estadual de São Paulo. Integram o grupo C aqueles matriculados em escolas técnicas do Centro Paula Souza (Etecs). Já o grupo D é composto por candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas.

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