O México estreará na Copa Ouro neste domingo (25) contra Honduras, às 21h30 (de Brasília), com transmissão ao vivo pela ESPN no Star+ e precisando se recuperar de uma grande crise interna.
Na última segunda-feira (19), Diego Cocca foi demitido depois de quatro meses no comando do país e tendo sofrido apenas uma derrota, escancarando os problemas nos bastidores da Federação Mexicana.
E não faltaram razões para a decisão do presidente Juan Carlos Rodríguez ter sido tomada de maneira tão abrupta. Mas a crise só veio explodir depois da acachapante derrota para os Estados Unidos na semifinal da Liga das Nações da Concacaf por 3 a 0.
“Não só o jogo foi perdido, mas também a capacidade de reação, a liderança dentro e fora do campo, o controle emocional e a sensação de vestir profissionalmente uma camisa com a qual, pelo menos desta vez, ninguém se sentiu representado”, disse o presidente da federação.
O resultado escancarou alguns dos problemas que o time possuía, como o controle emocional dos atletas em campo, como foi destacado por Juan Carlos Rodríguez em seu comunicado. Na partida, em mais de uma ocasião, cenas de destempero dos atletas chamaram a atenção.
Após o apito final, algumas declarações do treinador argentino não foram bem recebidas, afirmando que a torcida tinha preconceito com ele por ser estrangeiro.
A relação do comandante com a torcida não era boa. Na vitória sobre o Panamá, chamou a atenção o número de lugares vazios no estádio, o que escancarou que havia desconfiança com o trabalho de Cocca.
Outro fator que acarretou na decisão de mandar o técnico embora foi o seu planejamento logístico muito criticado internamente, com reclamações sobre as distâncias percorridas pelo time nos deslocamentos entre centro de treinamentos, hotéis e estádios.
Mas a crise do México vai muito além dos problemas enfrentados com o argentino Diego Cocca – cuja contratação foi muito questionada dentro da própria federação, com setores que preferiam Marcelo Bielsa ou Guillermo Almada.
Antes da Copa do Mundo de 2022, o trabalho de Tata Martino foi muito criticado por conta do desempenho técnico do time e pelos riscos que o país sofreu de não se classificar para o torneio. Já no Qatar, em um grupo acessível, as atuações contra Polônia e Argentina foram muito criticadas pela apatia dos atletas.
Ao mesmo tempo, o time feminino falhou na tentativa de se classificar para o Mundial da Austrália e da Nova Zelândia, o sub-20 masculino ficou fora da Copa pela primeira vez desde 2009 e nenhuma das categorias se qualificou para as Olimpíadas de Paris.
A crise mexicana é grande, com muitos dirigentes sendo mandados embora durante o processo de fritura atual. Neste contexto, o interino Jaime Lozano terá que tentar dar a volta por cima na disputa da Copa Ouro.
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